Feijão: cultivares de alto desempenho no Show Rural

Cultivares

03/02/2020

Publicado por Edmilson Gonçales Liberal


O programa de melhoramento genético do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná IAPAR-EMATER é reconhecido pela qualidade das cultivares que oferece ao setor produtivo. “São materiais de alto desempenho agronômico e apropriados à colheita mecânica”, explica a pesquisadora Vânia Moda Cirino.

“Os grãos atendem a exigência do consumidor, que quer cozimento rápido e caldo consistente, e têm elevado teor de proteínas e de minerais, principalmente ferro e zinco”, ela complementa.

Em 2020, o visitante do Show Rural confere nove opções, dos grupos comerciais carioca, preto e branco.

FEIJÃO CARIOCA – Dentre as cultivares desse grupo, IPR Sabiá tem maior potencial produtivo, podendo superar 4,5 toneladas por hectare. Já IPR Curió se destaca pela precocidade – chega à colheita em 70 dias. Ambas são indicadas para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

IPR Celeiro é outro grande destaque na feira, porque é resistente ao mosaico dourado, uma das principais doenças que atingem a cultura no Brasil. É indicada para as safras da seca e de outono-inverno em locais sujeitos à moléstia nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A produtividade, de 3 toneladas por hectare, é elevada para áreas onde ocorre esse problema.

A cultivar IPR Campos Gerais é indicada para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu potencial produtivo chega bem próximo de 4 toneladas por hectare, e fica pronta para a colheita em menos de 90 dias. É moderadamente tolerante à seca e a situações de alta temperatura na fase de florescimento e começo da formação de vagens. Suas plantas se desenvolvem de modo eficiente mesmo em solos ácidos e com baixa disponibilidade de fósforo.

Ainda do grupo carioca, IPR Tangará tem ciclo médio de 87 dias e produtividade que pode passar de 3,3 toneladas por hectare. É indicada para São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Tolera bem altas temperaturas e breves períodos de seca.

FEIJÃO PRETO – Semiprecoce e com excepcional produtividade, IPR Urutau vem conquistando a preferência dos produtores de feijão preto. Fica pronta para a colheita em apenas 84 dias, e a produtividade pode superar 4,9 toneladas por hectare.

Desse grupo também são apresentadas no Show Rural as cultivares IPR Tuiuiú e IPR Uirapuru. A primeira chega à colheita em 88 dias e produz em torno de 4 toneladas por hectare. O ciclo médio da segunda é de 86 dias, com produtividade ao redor de 3,7 toneladas por hectare.

Todas as cultivares de feijão preto IPR são indicadas para o Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. IPR Uirapuru pode também ser cultivada em Goiás.

FEIJÃO BRANCO – IPR Garça é opção para acessar um nicho de mercado que oferece cotações mais altas e é pouco explorado pelos agricultores. O feijão branco é utilizado em saladas, sopas e pratos como a dobradinha e cassoulet.

Precoce, chega à colheita em apenas 67 dias, com produtividade de 2,2 toneladas por hectare, considerada boa para feijão branco. A maturação dos grãos, bastante uniforme, confere grande apelo comercial ao produto.