Sebrae vai apresentar mapeamento do ecossistema de inovação no Show Rural, em Cascavel

Inovação

11/02/2022

Publicado por Jean Paterno


Documento traz análise completa da inovação agro local e aponta proposições concretas de ações e projetos para melhorar o cenário

Fortalecer o ecossistema agro e entregar à sociedade, de forma fundamentada, um material completo que pode balizar as próximas ações em prol desse objetivo. É com essa missão que o Sebrae Paraná vai lançar hoje (11), durante o Show Rural Coopavel, o Mapeamento do Ecossistema de Inovação do Agronegócio de Cascavel.

O compilado é fruto de diversas pesquisas e entrevistas realizadas entre agosto e setembro do ano passado com foco na consolidação da região oeste paranaense como verdadeiro e efetivo Polo Regional de Inovação e Tecnologia para o Agronegócio, título conquistado em 2021 após intensas análises do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

“Sabemos que Cascavel tem diversos potenciais e muita vocação para crescer no âmbito da inovação no agronegócio, mas era preciso unir forças para entender o cenário e compreender, na totalidade, o que precisa ser feito. Nesse sentido, realizamos uma análise completa, baseada em 6 aspectos: governança, inovação, capital, políticas públicas, programas e ações e ICTI (Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação)”, explica o consultor do Sebrae Paraná, Emerson Durso.

Cenário local
Para conseguir estabelecer metas e ações futuras, o grupo definiu uma “matriz de maturidade”, com notas que variam entre 1 e 5 – sendo 1 insuficiente e 5 excelente. A partir disso, foram estabelecidas as pontuações para tópicos como inovação, programas e ações, governança, capital, políticas públicas e ICTI (Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação).

“Com essa divisão, nossa ideia era analisar os principais pilares para o fortalecimento do ecossistema local de inovação no agronegócio e, a partir dos resultados, verificar o que precisa receber mais foco nesse primeiro momento”, detalha Emerson.

O critério que foi melhor avaliado foi o de políticas públicas, com nota 3,5. Isso porque, de acordo com a análise, Cascavel contam com grandes possibilidades de articulação e têm o apoio tanto da Fundetec como do Conselho Municipal de Inovação. O que impediu a nota mais alta, no entanto, foram aspectos como processos amarrados e lentos, pouco uso das políticas públicas pelas empresas e a falta de identificação adequada das necessidades do setor para o desenvolvimento de ações mais eficazes.

Os demais tópicos alcançaram notas mais baixas: Programas e ações (2,0); ICTI (2,0); Ambientes de Inovação (1,93); Governança (1,0) e Capital (1,0). Em comum, todas apresentaram um fator relevante: há falta de conhecimento sobre a atuação da inovação regional e falha no planejamento e na execução de ações integradas.

“O mapeamento identificou que em todos os itens, temos boa vontade, pessoas e empresas engajadas, mas ainda certo desconhecimento da sociedade sobre o que é inovação e como é possível se beneficiar dela. Por isso, nossa missão, a partir de agora, é apresentar os resultados e fortalecer o planejamento de ações a curto, médio e longo prazo”, enfatiza Emerson.

Para isso, o mapeamento será apresentado durante um encontro marcado para esta sexta-feira (11), às 10 horas, na Arena Hackathon. Lá, representantes da Prefeitura Municipal e dos principais atores do ecossistema estarão presentes para analisar os resultados e, principalmente, as proposições para melhorias. Dentre elas, constam ações diversas, tais como a busca de um padrinho local de inovação que possa articular novas políticas públicas; dar publicidade às ações de inovação; mapear novos atores e trazê-los para o ecossistema; criar um centro de inovação local; criar um centro de informação maker e articular a oferta de mais cursos de extensão para formação de mão de obra (agricultura de precisão, operação de drones, utilização de dados para tomada de decisões, etc).

O Mapeamento do Ecossistema de Inovação do Agronegócio de Cascavel é um trabalho realizado pelo Sebrae Paraná, com o apoio de toda a governança agritech, composta por empresas, entidades públicas e privadas, instituições de ensino, incubadoras e institutos governamentais.