Diferentes elos da cadeia tritícola participam de painel durante o Show Rural

Junto ao painel, foi realizado o lançamento do Guia de Qualidade da Farinha, material realizado pela Biotrigo e Abitrigo

Na última terça-feira (8), a Casa Paraná Cooperativo, localizada no Show Rural Coopavel, sediou o painel ‘Trigo: oportunidades e desafios’. O evento, promovido pelo Sindicato da Indústria do Trigo do Paraná (Sinditrigo/PR), reuniu representantes de diversos elos da cadeia tritícola. Dentre eles, estiveram presentes o superintendente da Associação Brasi

Processos dos moinhos e indústria são tema de publicação inédita

O Guia de Qualidade da Farinha visa divulgar aos produtores e cerealistas como são realizados os processos da indústria do trigo e será lançado durante o Show Rural 2022

 Antes de chegar à sua mesa, o pão percorre diversos caminhos, passando por laboratórios, campos, silos, entre outros. Porém, uma das etapas mais importantes para garantir a qualidade do produto final, seja ele biscoito, massa ou o próprio pão, ocorre dentro dos moinhos e da indústria. Através de variadas análises, os setores buscam avaliar as especificações do produto e destinar a farinha de trigo ao seu devido uso. Com o objetivo de difundir as informações e processos relacionados à indústria moageira, a Biotrigo Genética, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), promove o lançamento do Guia de Qualidade da Farinha – que ocorrerá nesta terça-feira (8), durante a 34ª edição do Show Rural Coopavel. O lançamento integra a programação do Painel Trigo: oportunidades e desafios, promovido pelo Sindicato da Indústria do Trigo do Paraná (Sinditrigo/PR). O painel acontece às 15h, e o lançamento às 16h30, no Auditório da Casa Paraná Cooperativo.

A publicação, voltada especialmente para produtores e cerealistas, aborda de forma acessível as principais análises realizadas na farinha de trigo pelos moinhos e indústria. “O guia possui o propósito de aprofundar e especializar a relação do campo com os fabricantes”, declara o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa. Segundo a gerente de desenvolvimento de produto para indústria da Biotrigo, Kênia Meneguzzi, o objetivo do guia é fazer com que qualquer pessoa entenda a importância das análises para o produto final. “Não existe trigo ruim. Alguns trigos atendem muito bem a indústria de pães, outros atendem melhor a de biscoitos”, explica. Assim, as análises buscam dar as características desejadas pelo consumidor ao produto final. “Para o pão francês, é necessário um maior craquelamento e boa abertura de pestana e, para pães de forma, procura-se maior maciez e volume. Já em biscoitos, se busca crocância e baixa absorção, enquanto as massas tendem a possuir consistência al dente”, exemplifica.

Liquidez e rentabilidade

Mas qual a vantagem para o produtor em conhecer esses processos? Conforme Kênia, o planejamento do agricultor deve ser estratégico, visando maior liquidez e rentabilidade. “Conhecendo melhor as análises, ele vai pensar de acordo com o mercado em que está inserido. Se determinado moinho produz farinha para panificação e massas, o produtor pode escolher uma cultivar que atenda essas especificações”, aponta. Para ela, tudo começa pela escolha da cultivar – frase que estampa o Guia de Qualidade da Farinha. “Ao identificar a demanda da região em que o produtor está inserido, ele consegue agregar valor na produção de trigos com destaque em qualidade e performance. Além disso, a partir do momento da colheita, o produtor poderá ter maior liquidez, comercializando seus grãos de maneira mais fácil”, destaca Kênia.

De acordo com Rubens, a antecipação no planejamento do produtor gera benefícios para a cadeia tritícola como um todo. “Grande parte da qualidade dos produtos da indústria se define pelas especificações do trigo que, por sua vez, depende da escolha de cultivares na semeadura. Ao definir melhor seus padrões de qualidade já na fase inicial, surgem oportunidades de melhoria na qualidade e custos da cadeia como um todo”, aponta. E para Rubens, o Brasil tem evoluído na qualificação da produção de trigo. “Quanto mais os agricultores e especialistas do campo compreenderem em detalhes que o trigo por eles produzido apresentará características específicas para sua utilização, melhor poderão orientar seus processos produtivos quanto às demandas do mercado consumidor”, afirma.

A publicação, ao mesmo tempo que visa informar o produtor sobre os processos da indústria moageira, também busca elucidar as análises aos cerealistas. “Uma vez que os cerealistas têm o conhecimento da importância e da qualidade do que está sendo semeado, há a vantagem de estarem buscando cada vez mais as especificações essenciais para os moinhos e indústria”, comenta o gerente de negócios do Moinho Arapongas, Flávio Volpato.

Biotrigo no Show Rural

Além do lançamento do Guia de Qualidade da Farinha, a Biotrigo estará lançando uma cultivar que chega ao mercado justamente para melhor atender a indústria moageira. Para compor o Projeto Trigos Especiais, que visa oferecer grãos com qualidade industrial superior ao mercado consumidor, é lançado o TBIO Blanc. A cultivar, classificada como branqueadora, representa a sucessão de TBIO Noble no projeto e traz avanços em produtividade e no manejo ao campo – mantendo as mesmas características de qualidade industrial. A Biotrigo estará em uma nova localização no Show Rural, a Rua J, Lote 22.6 – mais próxima à parte central do evento. A feira contará com a participação de 400 expositores, que estarão espalhados nos 720 mil metros quadrados do parque.

Lançamento Guia de Qualidade da Farinha

Data: 8 de fevereiro (terça-feira)

Local: Auditório da Casa Paraná Cooperativo – Show Rural Coopavel.

Horário: 15h

LEGENDA: O Guia de Qualidade da Farinha, parceria entre a Biotrigo e a Abitrigo, será lançado no Show Rural 2022.

CRÉDITOS FOTO: Divulgação Biotrigo

Alternativa à silagem de milho ganha destaque no inverno

Dois novos mixes de cultivares de trigo voltados para a alimentação animal serão lançados pela Biotrigo no Show Rural 2022. (Foto: Divulgação Biotrigo/Gui Benck)

            Em meio à atual escassez hídrica presente em diversas regiões do país, as dificuldades na produção de alimento animal em propriedades pecuárias aumentaram consideravelmente. Com os impactos causados na atual safra de verão, fonte de grande parte da alimentação do gado, os pecuaristas começam a buscar alternativas para o estoque de conservado na propriedade. Para o produtor de gado de leite, Maurício Foletto, a possibilidade de uma segunda safra ganha ainda mais importância para o armazenamento de alimento por um longo período. E, de acordo com o pecuarista, de Pitanga (PR), o trigo vem se tornando uma boa alternativa para complementar sua produção de silagem em relação à safra de milho. “Acredito que a cultura veio para trazer economia com eficiência alimentar. O trigo é uma alternativa economicamente viável e com qualidade muito boa”, destaca o produtor.

            Visando a produção de pré-secado e silagem, um novo material será apresentado na 34ª edição do Show Rural Coopavel. Ele se junta à linha Energix, da Biotrigo Nutrição Animal, oferecendo um alimento com alta qualidade nutricional ao gado. “Em comparação ao Energix 201 e 202, esse novo material apresenta um salto muito grande em sanidade e na porcentagem de amido”, comenta Alessandro Caseri, gerente de nutrição animal da Biotrigo. Conforme ele, é de suma importância ao produtor ter um material com maior teor de amido. “Isso vai se converter em mais produtividade, maior conversão animal e, por consequência, uma maior produção de leite ou carne”, explica. Esse acréscimo de amido no pré-secado ou na silagem reflete diretamente em ganhos financeiros ao produtor. “Quando o pecuarista tem esse maior teor de amido na base da alimentação do gado, ele consegue minimizar os gastos com concentrado e rentabilizar melhor sua atividade”, diz Alessandro.

            Esse foi o caso de Maurício, que incorporou a silagem de trigo, com o Energix, à de milho e observou ganhos em diversos quesitos. “O trigo entrou na dieta do meu gado muito bem e a produção se manteve, só que com um custo mais barato em comparação à silagem de milho”, relata. O pecuarista também aponta que em termos de produtividade, o material superou suas expectativas no momento da colheita. “Ele apresentou uma sanidade muito boa, além de resistência à geada e seca”, indica. A possibilidade de um material com maior teor de amido, segundo o produtor, traz ainda mais vantagens à propriedade, tanto voltada para leite, quanto para corte. “Acredito que é uma alternativa a ser buscada, visando obter a melhor relação custo-benefício, com qualidade nutricional”, destaca Maurício.

Mix para pastejo

Os mixes de cultivares de trigo para alimentação animal, tradicionais no portfólio da Biotrigo Nutrição Animal através dos produtos Energix, agora chegam também para a pastagem. Com isso, o produtor que possui sua propriedade em um sistema à base de pastoganha mais uma opção no portfólio da Biotrigo, além do Lenox, cultivar já consolidada no mercado. “O novo mix para pastejo promete ser o material mais precoce a surgir no mercado, podendo ser semeado em fevereiro, cerca de duas semanas antes do Lenox, que costuma ser posicionado no início de março”, aponta Alessandro. Segundo ele, em relação à qualidade bromatológica entregue para o gado, o novo material performa tão bem quanto Lenox. “O mix para pastejo também é mais resistente a algumas doenças em comparação ao Lenox, o que permite uma facilidade no manejo a campo ainda maior ao produtor”, declara.

            A qualidade nutricional de ambos os materiais é, inclusive, um dos diferenciais ao produtor. “Essa alta qualidade faz com que o animal tenha uma conversão alimentar maior. Materiais assim trazem a certeza de contar com muita produção de matéria verde por hectare e, consequentemente, mais produtividade na propriedade”, afirma Alessandro. E essa produtividade é sinônimo de maior rentabilidade. “Ter uma pastagem de alta qualidade oferece a possibilidade ao produtor em reduzir a necessidade de ter uma ração com alto teor de proteína. Assim, é possível diminuir a porcentagem de proteína da ração e pagar menos nesse concentrado em relação ao valor que estaria sendo gasto em uma pastagem de menor qualidade”, exemplifica.

            Esse é o caso de Wesley Maciel, produtor de Lenox em Congonhinhas (PR). Segundo ele, o trigo para pastejo na produção de gado de leite ofereceu vantagens econômicas significativas. “Quando passamos a inserir o trigo para pastejo em 80% da alimentação dos animais, deixamos de comprar cerca de duas a três toneladas de ração. Isso trouxe bastante economia, sem queda na produção”, relata. Para Wesley, a antecipação proporcionada pelo novo mix para pastejo da Biotrigo poderá gerar uma maior eficiência na propriedade. “A entrada do material em fevereiro é interessante, pois o pastejo pode ser adiantado, sem perder tempo. Quanto mais pastejo for realizado durante o ano, mais barato fica”, afirma o produtor paranaense.

Biotrigo no Show Rural

            Para receber os pecuaristas, a Biotrigo contará com uma nova localização na feira, a Rua J, Lote 22.6 – mais próxima à parte central do evento. Conforme Alessandro, o contato mais próximo entre a equipe da Biotrigo e os produtores é de grande relevância. “A troca de ideias é boa para ambas as partes, pois o produtor pode observar as parcelas e tirar dúvidas com os técnicos e nós podemos ficar melhor informados sobre as necessidades do produtor”, conta. A 34ª edição do Show Rural contará com a participação de 400 expositores, que estarão espalhados nos 720 mil metros quadrados do parque.

O estande da Biotrigo nesta edição do Show Rural conta com nova localização, a Rua J, Lote 22.6. (Foto: Divulgação Biotrigo)

Cultivar de trigo se destaca por alto rendimento e resistência à seca

Biotrigo promove três importantes lançamentos no Show Rural 2022 (Foto: Divulgação Biotrigo/Diogo Zanatta).

            A safra de 2021/22 apresentou resultados marcantes para o Brasil. Nela, o país registrou a maior produção de trigo de sua história, com 7,7 milhões de toneladas do cereal. Mas, apesar dos números crescentes na cultura, a safra apresentou desafios aos produtores, com a falta de chuvas como o principal deles. “Algumas regiões do Paraná, por exemplo, chegaram a mais de 50 dias de seca, fator que comprometeu o rendimento”, elucida o gerente comercial norte da Biotrigo Genética, Bruno Alves. E a escassez hídrica não se resumiu apenas ao trigo. Nas regiões central e oeste do estado, a atual safra de verão também sofre relevantes prejuízos. Nesse cenário, o planejamento da próxima safra de inverno ganha ainda mais importância. “O agricultor teve sua rentabilidade da safra de verão comprometida. Com isso, a safra de inverno torna-se estratégica como fonte de renda neste ciclo”, comenta.

            A escolha da cultivar que mais se encaixa às demandas na propriedade também faz parte desse planejamento. Na 34ª edição do Show Rural Coopavel, os produtores poderão conferir diferentes tecnologias para agregar maior eficiência na propriedade. Uma delas é o TBIO Calibre, disponível na safra 2022 para campos de multiplicação. A cultivar de trigo tem ciclo superprecoce, apresenta alto potencial produtivo e ótima reação à escassez hídrica. “Tivemos um período de seca na safra de 2021, que coincidiu com a fase de enchimento de grãos da cultivar. Mesmo passando por essa intempérie, o material conseguiu bom enchimento de grão e nos trouxe, diante desse cenário, uma excelente produtividade”, relata o responsável técnico pela produção de sementes da Sementes Vedovati, Sérgio Granado. Para ele, TBIO Calibre possui diversas vantagens quando comparado a outros materiais de mesmo ciclo. “A cultivar apresentou características agronômicas muito interessantes, como um rápido desenvolvimento inicial, uma boa arquitetura de planta e um tipo de folha e coloração que chama a atenção aos olhos dos produtores”, conta.

            De acordo com Bruno, o ciclo superprecoce “permite a realização de um escalonamento de semeadura e colheita junto a outras ferramentas, sem abrir mão da alta produtividade”, indica. O alto rendimento se traduz em maior rentabilidade – e isso também é proporcionado pelo pacote fitossanitário de TBIO Calibre, que apresenta uma boa tolerância ao complexo de manchas e a melhor reação a oídio entre os trigos precoces e superprecoces do portfólio TBIO. “A cultivar também possui alto nível de resistência à brusone, fator reconhecido em nosso portfólio”, aponta Bruno. E por falar em alto rendimento, Granado afirma: “Podemos dizer que o Calibre provou que ciclos superprecoces também podem ter alto rendimento e sanidade”. A cultivar estará disponível aos produtores a partir de 2023.

Mais estabilidade produtiva

            Outra novidade na feira não se trata de uma cultivar, e sim de uma mistura entre dois materiais. A tecnologia, voltada para a produção de grãos, é utilizada em países como Estados Unidos e Itália e chega pela primeira vez ao Brasil, através da linha XBIO. O primeiro produto da linha é o XBIO Fusão, uma mistura entre TBIO Sagaz e TBIO Audaz. As cultivares, quando unidas no mix, prometem elevar ainda mais a qualidade industrial já comprovada de Audaz, assim como trazer maior estabilidade produtiva aos produtores.

            A estabilidade na produção é, inclusive, o principal benefício proporcionado por mixes de cultivares. Conforme o gerente comercial da Biotrigo para a América Latina, Fernando Michel Wagner, essa estabilidade gera mais segurança para o produtor. “As regiões que semeiam trigo possuem uma variabilidade climática grande quando comparamos uma safra com a outra. Trazer estabilidade de cultivo significa que o conjunto estará mais preparado para essa realidade das regiões tritícolas brasileiras”, destaca Fernando. Outra vantagem de XBIO Fusão é a melhora de características importantes para a indústria moageira, a principal delas sendo a cor da farinha, ainda mais clara. Além desses fatores, o mix apresenta considerável melhora no campo, com incremento no nível de resistência ao oídio, giberela e manchas foliares. XBIO Fusão estará disponível aos produtores nas regiões de adaptação de TBIO Audaz a partir de 2023.

Qualidade distinta

            Para compor o Projeto Trigos Especiais, a Biotrigo Genética apresenta TBIO Blanc, cultivar que alia uma alta força de glúten à uma coloração mais clara na farinha, características desejadas por moinhos e indústria. “Blanc representa a sucessão de TBIO Noble para o projeto, oferecendo as mesmas características de qualidade industrial, mas com maior segurança e produtividade ao agricultor”, aponta o assistente comercial da Biotrigo para trigos especiais, Arthur Halmenschlager. Um dos principais ganhos de TBIO Blanc foi a evolução na resistência ao oídio, bem como à mancha amarela e brusone na espiga. O projeto é uma parceria entre a Biotrigo e a corretora Serra Grãos, de Vacaria (RS), e visa oferecer grãos com qualidade industrial superior ao mercado consumidor. “Com isso, o projeto busca gerar liquidez e remuneração distinta ao produtor no momento da comercialização”, explica Arthur. A cultivar será disponibilizada aos produtores a partir de 2023, para toda a região Sul, bem como para regiões de São Paulo.

Biotrigo no Show Rural

            Para receber os produtores, a Biotrigo contará com uma nova localização na feira, a Rua J, Lote 22.6 – mais próxima à parte central do evento. Conforme Bruno Alves, a retomada do contato presencial com os produtores, ainda mais em uma feira de grande expressão, é gratificante. “O contato direto ajuda muito a entender a avaliação do produtor sobrea safra passada e suas principais necessidades para este novo ciclo que se inicia”, destaca. A 34ª edição do Show Rural contará com a participação de 400 expositores, que estarão espalhados nos 720 mil metros quadrados do parque.

Data: 7 a 11 de fevereiro de 2022
Local: estande da Biotrigo – Rua J, Lote 22.6 – em frente a Nutriagro (Coopavel)
Horário: 8h às 18h

O novo estande da Biotrigo nesta edição do Show Rural está localizado em frente à Nutriagro (Coopavel) (Foto: Divulgação Biotrigo).

Nova tecnologia no trigo facilitará manejo de ervas daninhas

Plataforma que integra a genética com a tolerância a um ativo herbicida auxiliará o controle das infestações de aveia e azevém no trigo. Lançamento acontece no Show Rural, em Cascavel (PR), entre 3 e 7 de fevereiro

TBIO Capricho CL está disponível para a multiplicação de sementes na safra 2020. Foto: Divulgação Biotrigo/Rafael Czamanski

 

O Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD), ferramenta essencial de controle dentro do sistema produtivo, vem enfrentando dificuldades, especialmente pela resistência de muitas espécies consideradas inimigas do sistema produtivo a diversos ativos herbicidas. Entre os motivos da preocupação de quem acompanha a problemática, estão as perdas ocasionadas pela matocompetição, incluindo a competição por elementos essenciais como água, luz, nutrientes e espaço físico. Em seu nome próprio – Planta Daninha – já se refere ao principal motivo: causa danos que refletem no bolso do agricultor. Nas lavouras de trigo, a aveia e o azevém podem ser responsáveis por até 50% de perdas na produtividade, segundo dados da Fundação ABC. No Show Rural Coopavel, uma tecnologia inédita para a cultura do trigo no Brasil será apresentada comercialmente, para auxiliar os triticultores a controlar essas infestações. TBIO Capricho CL é a primeira cultivar com a tecnologia Clearfield® no país, resultado de uma parceria entre a Biotrigo, desenvolvedora da plataforma genética e a BASF, detentora da tecnologia.

A solução que é resultado de uma parceria entre a Biotrigo Genética e a BASF, foi criada com o objetivo de resolver o problema de resistência de algumas espécies de plantas daninhas aos herbicidas inibidores da ACCase ou da ALS. Segundo o doutor em fitotecnia e professor na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Giliardi Dalazen, a tecnologia já é utilizada em países produtores de trigo, como Canadá e Austrália. No Brasil, tem excelentes resultados na cultura do arroz. “Essa tecnologia auxiliará o produtor no manejo de algumas plantas daninhas importantes no trigo, como azevém, aveia e nabiça. No caso do azevém – principal planta daninha da cultura – o maior benefício é realizar o controle de biótipos de azevém resistentes ao glifosato, aos inibidores da ACCase (graminicidas) e inibidores da ALS”, destaca.

Resultado do melhoramento genético

O desenvolvimento dessa nova cultivar aconteceu na Biotrigo Genética através de técnicas de melhoramento genético convencionais. André Cunha Rosa, melhorista e diretor da Biotrigo Genética, explica que o processo envolveu o cruzamento de um genótipo com o gene CL com outros genótipos de interesse. Não se trata de um evento de transgenia, mas sim de uma mutação induzida no gene ALS, que proporciona seletividade ao herbicida imazamoxi nessas cultivares”, comenta.

Após esse cruzamento, foram realizadas avaliações a campo e em laboratórios para selecionar as características importantes para a cultura do trigo, como rendimento, qualidade industrial e resistência às doenças. “Chegamos ao desenvolvimento do primeiro trigo CL depois de mais de 10 anos de pesquisa e, além de ter tolerância aos herbicidas imizadolinonas (IMI), mais precisamente ao ingrediente ativo imazamoxi, essa cultivar também possui características agronômicas importantes, como o bom nível de resistência à Giberela, à Mosaico e à Bacteriose”, relata. A cultivar é classificada como trigo Pão/Melhorador e apresenta excelente performance de panificação, tem ciclo médio/tardio e porte médio. Recomendado nas regiões RS1, RS2, SC1, SC2, PR1, PR2 e para as regiões de maior altitude nas regiões PR3, SP2. TBIO Capricho CL está disponível para a multiplicação de sementes na safra 2020.

Sistema Clearfield®

No Brasil, o sistema Clearfield® já é utilizado há mais de uma década no arroz. No trigo, chega aos produtores como uma ferramenta importantíssima para o controle efetivo das plantas daninhas e entregar uma lavoura limpa para a soja que vem depois. Segundo o gerente de Marketing de Arroz e Trigo da BASF, Vitor Bernardes, o TBIO Capricho é o primeiro trigo brasileiro tolerante ao herbicida pós-emergente Raptor® 70 DG.  “O objetivo de trazer essa tecnologia ao mercado brasileiro é dar condições ao triticultor de fazer um controle efetivo das plantas daninhas, um dos grandes desafios do cultivo. Com isso, contribuiremos com a produtividade, qualidade de grãos e com a rentabilidade do agricultor no sistema produtivo soja – trigo”, comenta.

Cultivar é ideal para rotação de culturas visando o manejo de plantas daninhas. Foto: Rafael Oppelt/Coagril

Testes

Para o gerente técnico de pesquisa da Fundação ABC, Luis Henrique Penckowski, e a pesquisadora do setor de herbologia da instituição, Eliana Fernandes Borsato, a tecnologia permite utilizar de forma seletiva o herbicida Raptor® 70 DG, além de controlar com eficácia os biótipos de azevém resistente ao glifosato e/ou inibidores da ALS. “A dificuldade no controle de azevém com resistência ao herbicida glifosato estava inviabilizando a utilização da cultura como parte do sistema de rotação. O trigo CL e a utilização de Raptor® 70 DG na pós-emergência do trigo se mostraram eficientes nos testes viabilizando a cultura porque permite a aplicação seletiva de herbicidas do grupo das imidazolinonas”, comentaram.

Planejamento do uso da tecnologia

A principal recomendação é planejar o uso da tecnologia na propriedade e rotacionar com outras cultivares convencionais. Giliardi faz recomendações a respeito do uso da tecnologia. “É importante que essa cultivar seja introduzida num cronograma de rotação de cultivares, utilizando-a em 25 a 33% da área cultivada com trigo a cada ano, sem repeti-la na mesma área no ano seguinte. Assim, se dificultará a seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes ao herbicida utilizado, prolongando a vida útil da tecnologia”, alerta o professor.

Sementes certificadas

Fernando Michel Wagner, gerente comercial para a América Latina (Latam) da Biotrigo Genética explica que o uso de sementes certificadas é peça chave para o sucesso do uso da tecnologia. “A utilização de sementes piratas dissemina invasoras e contamina as lavouras com plantas daninhas, inclusive resistentes a herbicidas. Para que a pesquisa siga trazendo ferramentas como essa aos agricultores, é importante que este elo da corrente seja mantido pois empresas privadas como a Biotrigo originam recursos para a pesquisa através desta fonte”, orienta. O gerente destaca que outras cultivares não são resistentes ao herbicida, sendo de suma importância que ao adquirir o trigo Clearfield® o agricultor tenha a garantia da origem utilizando o herbicida recomendado.

Biotrigo no Show Rural

Durante o Show Rural Coopavel, agricultores também poderão conferir outras novidades como TBIO Duque, novo trigo branqueador com segurança agronômica inédita no segmento e TBIO Astro, melhor tipo de planta do portfólio TBIO – que estarão disponíveis para a comercialização e produção na safra 2020, respectivamente.  Além das parcelas com cultivares para demonstração, técnicos da Biotrigo também estarão orientando sobre as indicações e manejo da cultura, além de um espaço preparado para cerealistas e cooperativas falando do processo de recepção, limpeza e secagem de grãos. O estande da Biotrigo está localizado na Rua B, próximo ao pavilhão da avicultura.

Data: 4 a 8 de fevereiro de 2019

Local: estande da Biotrigo – Rua B, próximo ao pavilhão da avicultura

Horário: 9h às 22h

Mais informações: www.showrural.com.br

Segurança agronômica inédita entre os trigos branqueadores

Novidade marca a chegada de nova geração de trigos branqueadores já para o mercado de 2020. Lançamento acontece no Show Rural Coopavel entre 3 e 7 de fevereiro, em Cascavel (PR)

Com um consumidor cada vez mais exigente, indústrias inovando e qualificando seus produtos e o triticultor buscando alternativas para ter mais rentabilidade no seu negócio, o mercado de trigos diferenciados se expande a cada safra. O trigo branqueador é um exemplo de como técnicas modernas de melhoramento genético evoluíram para atender a essas demandas e ainda ampliou a segurança para quem produz esse tipo de grão, através de uma maior resistência às doenças de difícil controle e aumento do potencial produtivo.

Essa característica, segundo o engenheiro agrônomo e coordenador de assistência técnica agronômica da Castrolanda, Rodrigo Tomazzoni Namur, é fundamental para viabilizar a produção do trigo branqueador. “As cultivares mais antigas do mercado apresentam alta suscetibilidade às principais doenças do trigo, tanto foliares quanto de espiga, o que onera o custo de produção porque torna necessário realizar de quatro ou cinco aplicações de fungicidas para o controlar as doenças, dependendo da favorabilidade para cada uma delas”, relata. Outro problema comum é a baixa resistência a germinação na espiga. “Frequentemente temos perdas de qualidade e de produtividade associadas a chuvas no período de colheita”, complementa.

Uma cultivar com grande avanço genético que proporciona ao agricultor um novo patamar de segurança e rendimento é o TBIO Duque. O supervisor comercial da Biotrigo, Deodato Matias Junior, explica que a cultivar vai alavancar a produção desse tipo de trigo tão demandado no mercado. “TBIO Duque se diferencia pelo seu alto nível de resistência às principais doenças, como Manchas Foliares, Bacteriose, Brusone e germinação na espiga, facilitando a condução e reduzindo proporcionalmente os custos da lavoura, além de trazer em sua genética a credibilidade, qualidade e a excelente produtividade dos trigos que o originaram: TBIO Noble – melhorador/branqueador para farinhas fortes e claras – e TBIO Toruk – a cultivar de trigo mais semeada do Brasil por seu rendimento já amplamente reconhecido”, explica.

Kênia Meneguzzi, supervisora de qualidade industrial da Biotrigo Genética, explica que o cruzamento dos materiais através do melhoramento genético realizado pela empresa tem total influência do padrão de consumo brasileiro. “Os consumidores do Brasil têm exigências muito particulares e que mudam de região para região e a gente busca, através do melhoramento genético e dos testes de panificação, atender essas demandas para trazer mais liquidez tanto para quem produz – agricultores, moinhos e indústrias, que precisam de rentabilidade e segurança em seus processos – como para o consumidor- que deseja uma qualidade constante no produto final, ou seja, pães de forma mais macios e com miolo branquinho e o pão francês mais craquelado e com bom volume, entre outras características”. Essa demanda, segundo a supervisora, criou um nicho de mercado para o trigo branqueador.

Mas como garantir que o consumidor encontre nas gôndolas dos supermercados produtos que atendam às suas preferências? Segundo Kênia, são vários os fatores que influenciam na qualidade final, mas ainda durante os longos anos de pesquisa (em média 8 anos), são realizados milhares de testes das linhagens ainda em desenvolvimento no campo e também diretamente nos moinhos. “Recebendo o feedback positivo da indústria moageira e em seus testes de laboratório e padaria experimental, a Biotrigo dá sequência ao processo, lançando a nova cultivar no mercado. Porém, caso o feedback seja negativo, aquela linhagem é excluída do programa de melhoramento e não é lançada comercialmente. Este é o nosso compromisso com a cadeia produtiva do trigo”, ressalta.

Projetos valorizam trigos branqueadores

São diversas cooperativas e cerealistas que já trabalham com cultivares de trigo branqueadoras, remunerando o cereal com um diferencial de preço no momento da comercialização ou mesmo aumentando a liquidez na hora da venda. “TBIO Duque faz parte do portfólio aberto da Biotrigo. Porém, sempre se sugere que seja direcionado a trabalhos de segregação em unidades de recebimento para que suas características sejam mantidas”, complementa Deodato. Para Rodrigo Namur, a expectativa é positiva. “Muitos avanços foram alcançados nos últimos anos, o que nos leva a crer que teremos materiais com qualidade de grãos adequada a demanda do consumidor, com maior produtividade e menor custo de produção, diminuindo riscos e melhorando a viabilidade do trigo”, finaliza. TBIO Duque, que já está disponível para os produtores nessa safra, tem ciclo precoce, alto teto produtivo e possui adaptação para todas as regiões tritícolas do país, incluindo o Cerrado, tendo a melhor reação para Brusone na folha do portfólio.

Show Rural Coopavel

O lançamento comercial para os produtores do TBIO Duque acontece na 32ª edição do Show Rural Coopavel. O público da feira também terá a oportunidade de conhecer outros materiais do portfólio da Biotrigo Genética, que atualmente é líder no mercado de sementes certificadas de trigo na América Latina. Além do trigo branqueador, estarão expostas em parcelas as cultivares disponíveis para multiplicação em 2020 – TBIO Capricho CL e TBIO Astro -, para comercialização – TBIO Ponteiro, TBIO Audaz, TBIO Sonic, Lenox (pastejo), Energix (silagem) -, além dos lançamentos para safra 2021 – TBIO Guardião CL e TBIO Mérito (nomes sugeridos).

Data: 3 a 7 de fevereiro de 2020
Local: estande da Biotrigo – Rua B, em frente ao setor da avicultura
Horário: 8h às 18h
Mais informações: www.showrural.com.br

 

TBIO Duque, que já está disponível para os produtores nessa safra, possui adaptação para todas as regiões tritícolas do país, incluindo o Cerrado.
Foto: Divulgação Biotrigo/Rafael Czamanski

Trigo branqueador tem grande demanda no mercado.
Foto: Divulgação Biotrigo

Nova tecnologia para o trigo será apresentada no Show Rural 2020

Evento acontece de 3 a 7 de fevereiro em Cascavel (PR) com o lançamento da primeira cultivar de trigo com a tecnologia Clearfield, tolerante a um grupo de herbicida. Estande da Biotrigo terá orientações sobre qualidade industrial e apresentação técnica do portfólio

 

Estande da Biotrigo está localizado na Rua B, em frente ao setor da aviculturaUma cultivar de trigo inédita que é ferramenta para o combate das infestações de plantas daninhas é um dos destaques da Biotrigo Genética no Show Rural Coopavel, que acontece entre 3 e 7 de fevereiro de 2020, em Cascavel (PR). Líder e referência no segmento de trigo na América Latina, a Biotrigo terá ainda em exposição outros trigos voltados para panificação e para nutrição animal. As cultivares estarão expostas em parcelas de demonstração durante o evento.

Uma das atrações da Biotrigo nessa edição é uma estação exclusiva para o lançamento oficial da tecnologia Clearfield aos agricultores do Brasil, com a primeira cultivar de trigo tolerante ao herbicida Raptor 70DG da empresa alemã BASF. No espaço os visitantes terão a oportunidade de assistir palestras, uma animação em vídeo que resume a tecnologia e ainda conferir de perto as características agronômicas da cultivar TBIO Capricho CL. Segundo o supervisor comercial da Biotrigo no Paraná, Johny Brito, a animação mostra como as como as técnicas de melhoramento genético convencionais utilizadas pela Biotrigo chegaram a essa inovação. “Demonstramos de uma forma bem didática que a cultivar foi resultado de um cruzamento tradicional entre um genótipo com o gene com a tolerância ao herbicida Raptor 70DG com outros genótipos de interesse, que carregam características como rendimento, qualidade industrial e resistência às doenças esperados pelo campo e pela indústria. Outro ponto importante que será esclarecido aos produtores são os requisitos para eficácia da tecnologia, como adoção de sementes certificadas, o uso do herbicida indicado e a adoção de um programa de rotação para o uso da tecnologia”, explica. A nova tecnologia traz a inovação sem fazer uso de técnicas de transgenia, não sendo considerada uma planta geneticamente modificada. A cultivar estará disponível para multiplicação em 2020.

Outra novidade que será apresentada ao mercado é a cultivar TBIO Astro, trigo Melhorador de ciclo superprecoce que bateu três recordes dentro do programa de melhoramento da Biotrigo. Segundo o gerente da regional norte Bruno Alves, ele é superior em três quesitos: a Força de Glúten (W), resistência à germinação na espiga e ao acamamento. “É o nosso melhor trigo nesses quesitos, trazendo um alto nível de segurança ao triticultor”, relata. A cultivar estará disponível para multiplicação de sementes em 2020.

 

Concurso TBIO

A Biotrigo realizará durante o Show Rural 2020 um concurso para a escolha do nome de uma nova linhagem que será lançada como cultivar nas próximas safras. A ideia é promover a interação com o público da feira para “batizar” o novo trigo. Segundo o gerente comercial para a América Latina (Latam) da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, os produtores tradicionalmente reconhecem já no nome das cultivares do portfólio TBIO o perfil e potencial da planta. “Nesse ano, de forma inédita, o público será convidado a nos ajudar nesse processo criativo. O novo trigo, classificado como melhorador, de ciclo precoce e com alto potencial produtivo, possui alto PH e tem alto nível de resistência ao Oídio, Brusone e a Ferrugem na folha. Ele será posicionado complementando o mercado conquistado por TBIO Toruk, a cultivar mais semeada do Brasil nos últimos três anos”, explica. No concurso, o público pode participar sugerindo os nomes – que devem iniciar com a sigla TBIO – diretamente no estande da Biotrigo no Show Rural. Este processo será estendido nas grandes feiras em 2020.

Da semente à farinha

Pensando na qualidade do produto final, a Biotrigo também preparou uma estação de conhecimento para orientar os triticultores e cerealistas durante o Show Rural Coopavel. O objetivo do espaço, coordenado pela supervisora de qualidade industrial, Kênia Meneguzzi, é explicar como a qualidade tecnológica pode ser impactada durante os processos de recepção, limpeza e secagem dos grãos de trigo e, ainda, como é possível garantir que o que o grão colhido pelo agricultor chegue à indústria com a qualidade desejada. A estação mostrará exemplos do impacto na panificação em uma estação interativa.

Trigos para alimentação animal

As cultivares de trigo exclusivas para alimentação animal Lenox (pastejo) e a linha Energix (mix de TBIO Energia I e TBIO Energia II) também estarão entre os destaques nessa edição. As sementes da cultivar Lenox poderão ser adquiridas com uma condição especial diretamente no estande da Biotrigo Genética, no Show Rural.

Biotrigo no Show Rural Coopavel

Data: 3 a 7 de fevereiro de 2020

Local: estande da Biotrigo – Rua B, em frente ao setor da avicultura

Horário: 8h às 18h

Mais informações: www.showrural.com.br